A saga Estado Mental

A saga Estado Mental
Por: Danilo Santos

Em agosto de 2011 a Banda Estado Mental completa 05 anos de história. Entrevistei mais de 2. 000 (duas mil) pessoas de Pernambuco e de outros estados que acompanharam sua trajetória.
É impossível contar a história desse grupo sem começar por ele: Pierre Logan. Vocalista, guitarrista, compositor e responsável pela fundação dessa que foi e ainda é uma das bandas mais influentes da cidade de Panelas localizada no Estado de Pernambuco. Hoje nesta cidade é considerado um gênio, louco, sábio, mau exemplo, visionário, mestre. Depende da pessoa que perguntarmos. São muitas “lendas” que giram em torno dessa figura, mas a que mas gostei foi quando questionado sobre como teve a “ESTUPIDA IDÉIA DE FAZER UMA BANDA DE ROCK NA TERRA DO FORRÓ”, sua resposta veio do trio Paraguai, com microfone na mão, em frente ao palco principal e para uma multidão com aproximadamente 9. 000 pessoas, ele falou: “ONDE TODO MUDO PENSA IGUAL...NINGUÉM PRECISA PENSAR MUITO”. Ouve gritos, aplausos, vaias e em seguida as notas da introdução de TEMPO PERDIDO (Legião Urbana), executadas pelo seu fiel escudeiro Hunny Hendrix com sua guitarra estratocaster amarela.
Não se sabe o “por que”, Justamente no ano em que a E.M fez mais shows, lucrou mais, vendeu mais discos e se ouvia falar mais da Banda nas ruas, bares, turmas de amigos, Pierre simplesmente “SOME DO MAPA”. O que se sabe é que a Estado Mental influenciou jovens e crianças, o maior exemplo é uma outra  banda panelense a FURIA XXI inspirada na Estado Mental e batizada por Pierre. Hoje em Panelas é possível ver jovens tocando rock na garagem, indo para outras cidades estudar música, crianças ouvindo rock, turma de amigos que se reúnem na pedra do vento para tocar violão (a pedra do vento seria o lugar que teria inspirado Pierre para escrever “o vento e a rocha”).
Há história é de vitória, mas nem sempre foi fácil para o quarteto panelense. Na primeira vez que tocaram foram vaiados, na segunda nem se que anunciaram que eles iriam tocar. Mas eles foram em frente como fazem os vencedores. No meio das críticas, elogios, vaias aplausos eles conquistaram o merecido espaço na história de muita gente que hoje não se envergonham e gritam em plena praça principal “QUEREMOS ROCK!!!”
Conversei com varias pessoas da cidade, que  afirmam; Hoje a cultura panelense é de fato um pouco mais alternativa. Agora quando for falar em música em Panelas temos que especificar se foi “Antes” ou “Depois” da Estado Mental, pois fizeram jus ao nome, eles provocaram...A SEPARAÇÃO DOS TEMPOS.

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